AS ESTANTES VAZIAS NA BIBLIOTECA JOANINA



Quem visita a Biblioteca Joanina depara-se com estantes sem livros o que numa biblioteca não faz sentido, contudo a razão deste vazio é a deslocação dos mesmos durante uns tempos para a prisão.
Confuso, nem por isso... Encontra-se instalada na Prisão Académica (numa zona de acesso restrito) uma câmara de anoxia de seis metros cúbicos de capacidade que vai servir para a desinfestação do acervo bibliográfico que se conserva no edifício.

Entre muitas outras vantagens, a entrada em funcionamento destes dispositivos permite evitar o recurso a métodos químicos de expurgo, muito utilizados no passado. Os livros são colocados na câmara durante 21 dias onde é extraído todo o oxigénio, este processo mata todos os fungos e ovos que possam estar presentes nos livros. Após a saída da câmara todos os livros são cuidadosamente limpos (folha a folha) e só depois regressam ao seu lugar na estante.

Nos três pisos da Biblioteca guardam-se atualmente cerca de 60 mil volumes, compreendendo diversas matérias, todos editados até ao final do século XVIII. 
Esta nova câmara junta-se a uma outra, que ficou instalada no edifício principal da Biblioteca Geral (BGUC). Para além de livros, as câmaras podem ainda ser utilizadas no tratamento de outros objetos de valor patrimonial que se encontram à guarda das diferentes bibliotecas e museus da Universidade.


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