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A mostrar mensagens de maio, 2022
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  O TEMPO DA UNIVERSIDADE… ...tem mais do que um modo. Primeiro, é o tempo curto, que se mede em anos, das tarefas quotidianas que preenchem a vida do estudante: o sino do relógio que toca para as lições (às sete e meia até domingo de ramos, às seis e meia, daí em diante), meio quarto de hora depois dos campanários da cidade, o assueto a meio da semana, a leitura do professor que é preciso captar e fixar por escrito na apostila, o ir à feira comprar os frescos, ao açougue a carne e o peixe, o habitar em grupo — com a ama a moderar a ritmo dos dias, o moço de recados e a lavadeira, auxiliares indispensáveis —, os ritos iniciáticos, os convívios, as ansiedades que precedem os exames, as disputas das conclusões e a apressada preparação (de um dia para o outro) das lições de ponto, a alegria dos graus conseguidos; de permeio, as viagens: a inicial, tímida, para Coimbra, e as outras, no vai e vem das férias. Foram mudando as circunstâncias — que os tempos não são sempre os mesmos — e a
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PRETO É, GALINHA O FEZ? Todos os alunos que passaram pela Academia sabem que o portão do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra (UC) é a resposta certa à adivinha tradicionalmente contada em Coimbra «Qual é a coisa, qual é ela, preto é, Galinha o fez?». Com efeito, o magnífico e negro portão é obra de um serralheiro Galinha, assinado numa pequena placa de ferro fundido, onde se lê «M(anuel) B(ernar)des Galinha o fez em Coimbra.» Mas, em boa verdade, qualquer grade ou varanda de ferro, das muitas que existem na cidade e atribuíveis à família de ferreiros de apelido Galinha também podiam ser uma resposta acertada à adi ‑ vinha, se acaso fossem tão pretos e tão conhecidos como o portão do Botânico. A Biblioteca Geral da UC possui também um prelo tipo ‑ gráfico em ferro forjado, adquirido antes de 1874 para imprimir os catálogos de novas aquisições, até agora conhecido como «prelo do Galinha», por ostentar uma placa de bronze onde se lê: «M. Galinha em Coimbra.» Instalado durante d