Segredos da luz e da matéria Foi em dezembro de 2006 que o Museu da Ciência abriu as portas ao público. Muito antes de 2015 ser proclamado Ano Internacional da Luz pela Assembleia Geral das Nações Unidas, a Luz foi o tema encontrado para reunir numa mesma exposição objetos oriundos das diversas coleções científicas da Universidade de Coimbra (UC), de áreas tão diversas como Física, Química, Astronomia, Zoologia, Botânica, Mineralogia. Segredos da Luz e da Matéria fala-nos da luz e da visão, da cor e dos pigmentos, do Sol e da luz solar, da interação da luz com a matéria. Nela encontramos, em diálogo, borboletas de cores vivas, pássaros de plumagem exuberante, pigmentos minerais, um modelo do sistema solar construído por George Adams, um dos mais importantes construtores de instrumentos científicos do Séc. XVIII; um espectroscópio de 1863 semelhante ao que Bunsen e Kirshoff utilizaram ao descobrirem a composição do Sol em 1860; uma radiografia de uma mão que é a primeira experiência
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A mostrar mensagens de abril, 2018
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Os 300 anos da Biblioteca Joanina A 17 de julho de 1717, pelas seis da tarde, na presença do reitor Nuno da Silva Telles (o segundo deste nome), foi colocada a primeira pedra da Casa da Livraria, a mesma que viria depois a ser conhecida por “Biblioteca Joanina”. Três meses antes, tinham já tido início os difíceis trabalhos de desaterro do local escolhido para implantar o edifício. Seguir-se-ia a construção de um telheiro no pátio da Universidade, para servir de apoio às diferentes fases da obra. Ao pátio haveriam de chegar os carros de bois carregados de pedra e de madeiras, quase todas recolhidas nos arredores de Coimbra. Tudo acontecia na sequência de um pedido do mesmo reitor dirigido ao rei, um ano antes, para que a Universidade fosse dotada de uma biblioteca adequada e digna. Depois de iniciada, a obra decorreu sem interrupções nem percalços de maior. De tal forma que, no início de 1728, o edifício era dado por concluído. A Universidade passava assim a dispor de uma bibliote
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Sala do Exame Privado Antiga Câmara Real, a Sala do Exame Privado crê-se que é utilizada para o efeito pelo menos desde 1550. Este Exame era essencial para a obtenção do Grau de Doutor (licenciatura), e só foi abolido já na segunda metade do séc. XIX. Sala onde se constituiu a partir de 1701 a Galeria dos Reitores, um conjunto de 85 retratos, dos quais 38 se encontram nesta sala (do séc. 16 ao séc. 18) e que se estendem hoje pelas Salas Amarela, Azul, do Senado e pela Reitoria. Aliás é desta altura também que data a renovação de D. Nuno da Silva Telles, que deu à sala a sua forma atual. Foi também nesta sala que o primeiro reitor, D. Garcia de Almeida, se reuniu com os lentes das primeiras faculdades em 1537.
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Sala das Armas A Sala das Armas obtém o seu nome por ser o local onde se guardam as armas (alabardas) da Guarda Real Académica. Podemos observar as alabardas utilizadas pelos Archeiros, as Maças dos Bedéis de cada uma das faculdades e o ceptro do Guarda-Mor. Ainda hoje, as cerimónias oficiais são acompanhadas pelos Archeiros, que organizam uma “guarda de honra”. Nesta sala destaca-se, ainda, um friso de azulejos do séc. XVIII, com motivos quotidianos de inspiração flamenga, e o teto do séc. XIX, que apresenta as armas portuguesas e também uma representação das ciências, talvez a Matemática e a Química, em cada um dos seus topos. Contígua a esta sala está a sala Amarela, onde se reunia a Congregação da Faculdade de Medicina, uma sala reformada também durante o séc. XIX e local onde começa o desfile dos Lentes para a cerimónia de Abertura do Ano Letivo. Podem também observar-se os retratos dos Reitores do final do séc. XIX e início do séc. XX. Esta é a primeira de três salas, sendo
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As Estantes Biblioteca 1719 – 1723 Carpintaria - Gaspar Ferreira; 1923 – 1927 pintura - Manuel da Silva As 72 estantes são dispostas em dois andares, de madeiras douradas e policromadas (de fundo verde e vermelho), cobrem as paredes das três salas da Casa da Livraria. Para além de entalhada apresenta incontáveis motivos vegetalistas (ramos, silveiras, flores). O acesso às estantes superiores é garantido por um varandim e para aceder às prateleiras mais altas, a estante tem duas escadas embutidas, nos frisos laterais das próprias estantes. Chinoiserie Designadas por chinoiseries, pequenas pinturas decorativas feitas em folha de ouro do Brasil, por Manuel da Silva durante 40 meses, cobrem a quase totalidade das estantes, apresentam construções, fauna e flora orientais, ou personagens vestidos de acordo com o costume oriental, e comprovam as relações íntimas de Portugal com a Índia, China (nomeadamente Macau) e Japão.
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Edifícios do Estado Novo Face da mudança da Alta de Coimbra- resultou de uma grande reforma, que teve lugar nos anos 40 a 60 do século XX e mudou a face da Universidade através de uma operação de total reorganização urbanística da zona, o núcleo do Estado Novo marca a contemporaneidade do Polo I da Universidade de Coimbra. A Alta, em tempos feita de ruas sinuosas, sofreu uma destruição parcial para dar lugar a um campus universitário modernista. Para a sua concepção, construção e decoração foram chamados os melhores da época: Cottinelli Telmo, Cristino da Silva, Abel Manta, Almada Negreiros. Departamento de Matemática, Sala 17 A inauguração do edifício da secção de Matemática ocorreu a 17 de abril de 1969, data que assinala o arranque da crise académica de 1969, movimento público de contestação ao regime salazarista. Decorrendo os discursos da sessão inaugural das novas instalações, Alberto Martins, o presidente da Associação Académica de Coimbra, foi impedido de se manife
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O Jardim Botânico da Universidade de Coimbra Visitar um jardim botânico é como viajar pelo planeta sem sair da cidade. As coleções de plantas que preenchem cada espaço transportam-nos para diferentes latitudes e regiões do mundo, transformando o Jardim num verdadeiro museu vivo. O Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, localizado no coração da cidade de Coimbra desde 1772, por iniciativa do Marquês de Pombal, estende-se por mais de 13 ha em terrenos que na sua maior parte foram doados pelos frades Beneditinos. Os jardins botânicos surgem na Europa como consequência da expansão europeia do século XV. O contacto com plantas e animais exóticos despertou o interesse pelo seu estudo. Exemplo disso foi o português Garcia da Orta que no séc.XVI viajou para a Índia e se dedicou ao estudo das propriedades terapêuticas das plantas, publicando dois importantes ensaios. O século XVIII é marcado por uma revolução de mentalidades e por grandes avanços na ciência, nomeadamen
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Perspetiva histórica da República de Coimbra Artur Ribeiro * A “República de Coimbra” é, talvez, a mais antiga e genuína das instituições universitárias portuguesas, reportando-se as suas raízes à época medieval e ao ato de estabelecimento de “Estudo Geral” em Coimbra. Do diploma régio de 15 de Fevereiro de 1309, inspirado na “Charta Magna Privilegiorum” que consagra os vastos privilégios e regalias concedidos aos escolares, ressalta a sentida preocupação de D. Dinis em prover ao alojamento e ao abastecimento em víveres dos estudantes e mestres da Universidade. Em Coimbra, como em grande parte dos centros universitários da Europa Medieval, à escassez de casas para arrendar acrescia a relutância dos proprietários em arrendá-las aos estudantes por uma “renda justa”. A solicitude dos monarcas para obviar a tais carências está bem patente nos muitos diplomas e cartas régios que ao assunto se referem. O próprio D. Dinis, por diploma de 1309, promove a construção d