O assassinato dos lentes
Num período de agitação social devido às disputas entre liberais e absolutistas, dá-se um episódio que marcou profundamente a história da Universidade de Coimbra. A 18 de Março de 1828, perto de Condeixa-a-Nova, uma comitiva composta por membros da universidade e do clero que seguia de Coimbra para Lisboa com o objetivo de prestar homenagem a D. Miguel, foi intercetada por um grupo de jovens liberais pertencentes a uma associação secreta de estudantes designada “Divodignos”. Este ato resultou na morte de dois professores (então chamados de “lentes”) e, posteriormente ao acontecimento, nove estudantes da universidade foram presos, julgados e condenados à morte por enforcamento em menos de três meses. A sentença foi aplicada a 20 de Junho de 1828.
“… sejão conduzidos pelas ruas publicas desta Capital [Lisboa], ao lugar da Forca, aonde morrerão morte natural para sempre; pela mesma Ordem com que vão nomeados no final desta Sentença, sendo depois decepadas as cabeças, e mãos aos Réos (…) que se prova terem tomado parte mais activa, e cruel na agressão, assassinios, e ferimentos;”
Apesar de trágico, o episódio tornou-se um símbolo de luta pela liberdade.
Fábio Monteiro
Fonte da citação:
- Sentença proferida em Relação contra os estudantes de Coimbra que commetteraõ o horroroso attentado, de assassinarem os lentes da mesma universidade, proximo de Condeixa. Lisboa, Tipografia Patriótica,1828. - www.europeana.eu/pt/item/10501/bib_rnod_255722.
isso é uma anedota ou um romance, contado pelo maior trafulha desse tempo, José Acúrsio das Neves que acabou cravado de baionetas , escondido debaixo de palha em Sarzedo, 6 de maio de 1834.
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