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H ospital de S. Lázaro de Coimbra                                                   Fonte:   acercadecoimbra.blogs.sapo.pt Esta casa assistencial foi fundada no início do século XIII, fora do núcleo principal da cidade, entra as atuais Av. Fernão de Magalhães e Rua da Figueira da Foz. Desde o reinado de D. Sancho I foi uma instituição que contou com o apoio de vários monarcas. Isto permitiu o desenvolvimento do serviço e da estrutura hospitalar, melhorando consequentemente a prestação de cuidados de saúde aos leprosos.  Pelo decreto pombalino de 15 de abril de 1774, o Hospital de S. Lázaro foi incorporado, com todos os seus bens, nos Hospitais da Universidade de Coimbra. Na segunda metade do século XIX, o edifício original do hospital foi abandonado e os serviços foram transferidos. Em 1853, foram instalados na Alta da cidade, mais propriamente, no Colégio dos Militares localizado no espaço do atual Departamento de Matemática e Largo de D. Dinis.  Com a extinção das Ordens, o edifício
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Capela de São Miguel - O Retábulo do Altar Mor A Capela de São Miguel, outrora Capela Real, foi reconstruída, substituindo um pequeno oratório, no século XVI. No seu interior encontramos uma fusão de estilos arquitetónicos, que resultaram das várias intervenções realizadas.  Destacamos, neste breve apontamento, o imponente retábulo que reveste a totalidade do topo da capela-mor e que é considerado uma obra-prima do maneirismo português, datando do princípio do século XVII.  Todo o retábulo é ornamentado em talha dourada, apresentando um grande trono central e pinturas sobre a vida de Cristo.  O projeto do retábulo principal pertence a Bernardo Coelho, artista de Lisboa. A obra foi realizada pelo escultor Simão da Mota entre 1611 e 1613.  Em 1613 Simão Rodrigues e Domingos Vieira pintaram os 5 painéis maneiristas sobre vida de Cristo que se encontram no retábulo: os painéis superiores representam o nascimento de Jesus e a Adoração dos Reis Magos; os painéis da parte inferior representam
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Uma Viagem (concisa) pela Língua Portuguesa  Dez anos depois de a Comunidade de Países de Língua Portuguesa ter assinalado o dia 5 de maio como o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da CPLP, a UNESCO veio oficializar esta data como o Dia Mundial da Língua Portuguesa, a primeira língua não-oficial desta organização a receber tal consagração.  O português é o quinto idioma mais falado no mundo – usado por mais de 265 milhões de pessoas – e é a língua oficial de nove países, distribuídos por quatro continentes [i] . Se compreender a origem de uma língua significa abarcar os factos linguísticos, históricos, políticos, sociais e culturais (Faraco, 2019) [ii] , então, a história da língua permite versar acerca do passado - e do presente - que une países fisicamente tão distantes.  A língua portuguesa – tal como a galega – deriva do latim que se estabeleceu como o principal idioma na Península Ibérica durante a presença romana. Com o recuo da influência romana e a consti
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A UC explica   
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A Pia da pólvora
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Domitila Hormizinda Miranda de Carvalho nasceu a 10 de abril de 1871, em de Travanca da Feira, Aveiro. Ao ingressar, nos finais do século XIX, como estudante da Universidade de Coimbra viria a distinguir-se não só como a primeira estudante universitária em Portugal, mas também pelas suas ações em prol da criação do primeiro Liceu feminino, pela participação em iniciativas de cariz feminista, assim como, pelo seu percurso político: uma das três primeiras mulheres deputadas do Estado Novo. Após prestar provas finais do curso dos liceus, com excelentes resultados, os seus professores e a sua mãe insistiram que se candidatasse ao ensino superior. Viria a ingressar na Universidade de Coimbra, em outubro de 1891, como a primeira mulher que assistia regularmente às aulas. Porém, para que pudesse inscrever-se o Reitor da altura, Dr. António dos Santos Viegas (1890-92), enviaria um ofício ao Ministro da Instrução Pública e Belas Artes requerendo não só a permissão de matrícula, m
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Coronavírus: os dois lados da moeda  2020 prometia ser um ano próspero. Com um número redondo e o século a deixar os anos de teenager para trás, foram muitas as expetativas criadas em torno de um futuro promissor. Não, o ano ainda não acabou e nem sequer vai a meio, à data a que este artigo é escrito, mas o mundo foi invadido por uma catástrofe que alguns já tinham previsto, mas ninguém sabia de que forma lidar com a situação. Eventos à escala continental/global (como feiras de Turismo, o Festival Eurovisão da Canção, o Campeonato Europeu de Futebol e, possivelmente, os Jogo s Olímpicos), outros nacionais (concertos de música no Altice Arena, a exposição de Harry Potter em Lisboa), e ainda locais (a Queima das Fitas de Coimbra) são alguns dos exemplos de cancelamentos ou adiamentos, nestes últimos casos numa tentativa de dar esperança de que este período duro irá passar, como se de uma nuvem negra a cruzar os céus se tratasse.  Naturalmente, e como já foi mencionado acima

A UC Explica 06 - As edições xilográficas chinesas

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O assassinato dos lentes Num período de agitação social devido às disputas entre liberais e absolutistas, dá-se um episódio que marcou profundamente a história da Universidade de Coimbra. A 18 de Março de 1828, perto de Condeixa-a-Nova, uma comitiva composta por membros da universidade e do clero que seguia de Coimbra para Lisboa com o objetivo de prestar homenagem a D. Miguel, foi intercetada por um grupo de jovens liberais pertencentes a uma associação secreta de estudantes designada “Divodignos”. Este ato resultou na morte de dois professores (então chamados de “lentes”) e, posteriormente ao acontecimento, nove estudantes da universidade foram presos, julgados e condenados à morte por enforcamento em menos de três meses. A sentença foi aplicada a 20 de Junho de 1828.  “… sejão conduzidos pelas ruas publicas desta Capital [Lisboa], ao lugar da Forca, aonde morrerão morte natural para sempre; pela mesma Ordem com que vão nomeados no final desta Sentença, sendo depois d
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A Confraria de Nossa Senhora da Luz,  a Real Capela e a Universidade de Coimbra Breve apontamento Começa em Lisboa, no século XV, a história da Confraria da Nossa Senhora da Luz, dos lentes e estudantes da Universidade. O responsável pela instituição da Confraria da Nossa Senhora da Luz é o Infante D. Henrique. Com a transferência definitiva da Universidade para Coimbra, em 1537, e a decisão de que a Real Capela do Paço, sem perder nenhum dos seus privilégios reais, passe a desempenhar também o papel de Capela da Universidade, também a Confraria de Nossa Senhora da Luz é incorporada, como podemos ver nos estatutos universitários de 1559 e seguintes, nos quais se desenvolvem em pormenor as várias questões relacionadas com a Capela universitária, incluindo o regime da Confraria da Nossa Senhora da Luz. Naqueles que são conhecidos como estatutos de D. Manuel I, podemos ler a dado momento: “Item ordenamos que todollos lentes & scolares mantenham a antiga confraria …”