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A mostrar mensagens de fevereiro, 2019
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Sabia que em Coimbra existiu um Castelo?                                                                                               Figura 1-Castelo de Coimbra O sítio que hoje conhecemos como Largo de D. Dinis esteve ocupado, em tempos, pelo Castelo de Coimbra (vejam-se as figuras 1 e 2) (Alarcão, 2008). Não se sabe, ao certo, a data da sua fundação, mas a construção da torre de menagem é do reinado de D. Afonso Henriques e a da torre quinária ou de Hércules do tempo de D. Sancho I (1198) (Filipe & Teixeira, 2013).  O castelo teve reformas nos reinados de D. Sancho I, D. Dinis e D. Fernando (Duarte, 2005) (Filipe & Teixeira, 2013).  A Torre de menagem tinha cerca de 22 metros de altura e a torre quinária devia ter 26,5 metros (Alarcão, 2008).  O seu desaparecimento deveu-se, em primeiro lugar, às demolições do século XVIII, para se construir um observatório astronómico (obra que não foi terminada) (Filipe & Teixeira, 2013) e, em segundo lugar, às obras do e
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NASCERAM REIS NO PAÇO REAL DE COIMBRA No Paço Real da Alcáçova, foi o local onde nasceram e viveram alguns dos Reis de Portugal durante a primeira Dinastia. E foi na Sala Grande dos Actos que ocorreram importantes episódios da vida da nação portuguesa, não fosse esta a Sala do Trono do Paço Real da Alcáçova, onde foi a aclamação de D. João I, Rei de Portugal. Primeira Dinastia de 1143-1383. Fotos dos quadros da Sala Grande dos Actos (Sala dos Capelos). D. Sancho I “O Povoador” – 1185-1211                                      Nasceu em Coimbra , em 1154. filho de D. Afonso Henriques e de D. Mafalda de Sabóia. Casou com D. Dulce de Aragão, filha do conde de Barcelona. Herdeiro das virtudes militares de seu pai, continuou a luta encetada contra os mouros. D. Sancho I teve o cognome de “O Povoador”por ter mandado povoar as terras conquistadas. Faleceu em 1211, em Santarém. Sepultado no mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, com seu pai D. Afonso Henriques. D. Afonso II “O Gor
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«Basta de tanto sofrer!» uma história do Aqueduto de São Sebastião O Aqueduto de São Sebastião, popularmente conhecido como os Arcos do Jardim, localiza-se na calçada Martim de Freitas, em frente ao Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, e remonta a um primitivo aqueduto romano, que abastecia a parte alta da povoação. O atual aqueduto é obra do final do século XVI, sob o reinado de Sebastião de Portugal, com traça do arquiteto italiano Filipe Terzio. Aproveitando o percurso e possivelmente os restos do antigo aqueduto, ligava os morros onde se situavam o mosteiro de Santana e o Castelo de Coimbra, vencendo uma depressão em vinte e um arcos. O Arco de Honra é de cantaria de pedra, e no seu topo destaca-se um conjunto de duas esculturas representando, do lado Norte São Roque, e do lado Sul São Sebastião. Foram muito faladas algumas aventuras académicas nos arcos, sendo a mais conhecida a 1859-1860 um grupo de estudantes treparam ao alto do arco nobre em cim
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O MOSAICO ROMANO Na entrada principal da Reitoria, no Paço Real encontra-se uma vitrina com um fragmento de mosaico romano, o que provoca a curiosidade de muitos os que por ali passam.   O fragmento foi encontrado durante as escavações arqueológicas no pátio, em 2001 e terá segundo os arqueólogos pertencido à sala de uma casa senhorial romana. Este achado mostra a ocupação do espaço da universidade desde o século I / II. A residência romana seria uma das construções da antiga cidade romana de Aeminium. O mosaico, que é um dos raros exemplos em espaços urbanos, mostra o mesmo tipo de motivos geométricos que eram comuns na região, provavelmente produto de uma oficina local.
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Amor a Coimbra Um raio de luar  Noite calma e bela Um estudante a cantar Sob uma janela Te canto Coimbra Com notas sem fim Grandes como o amor Grandes como o amor que eu tenho por ti Tens a luz mais linda Deste Portugal Recantos de amor A Lapa e o Choupal A Rainha Santa  Te abençou Todo o que é poeta  Todo o que é poema,sempre te cantou Um raio de luar Noite calma e bela Um estudante a cantar Sob uma janela Te canto Coimbra Com notas sem fim Grandes como o amor Grandes como o amor, que eu tenho por ti Lindo é o Mondego Que ouve a nossa voz E vai em sossego Lá longe para a foz Nas águas vão notas De um fado sofrido Cada coração Cada coração, canta o seu destino Um raio de luar Noite calma e bela Um estudante a cantar Sob uma janela Te canto Coimbra Com notas sem fim Grandes como o amor Grandes como o amor, que tenho por ti Um raio de luar Noite calma e bela Um estudante a cantar Sob um
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O RASGANÇO Tradição académica que tem lugar normalmente lugar no largo da Porta Férrea e acontece quando o estudante faz o ultimo exame ou sai a última nota. Vêm com os amigos e companheiros celebrar o fim dos estudos e estes rasgam-lhe completamente as vestes estudantis, calças, batina e camisa, ao ponto de apenas restar no corpo do recém -licenciado o colarinho da camisa e a capa, esta acompanha o estudante até à morte. Podem  facilmente encontrar-se pedaços pretos e brancos do traje académico na Porta Férrea e estátuas.
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FADO de COIMBRA Alguns chamam-lhe “Fado de Coimbra”, outros “Canção de Coimbra”, “ Serenata Coimbrã”, “Balada de Coimbra”, “Fado-canção”, etc . Mas que género musical será este?  Nas palavras de Francisco Faria é uma “canção terna, docemente saudosista, mas jovem no seu vigor, no idealismo das atitudes, na esperança de um amor realizável que se oferece, ao mesmo tempo espontâneo e elaborado, de melodia bem contornada e, simultaneamente, um pouco rebuscada e, por vezes, patente”[1]. Esta caracteriza-se por um “estilo vocal próprio: sério, elegíaco, lírico, docemente apaixonado sem objeto...”[2] e tem a sua expressão máxima nas serenatas, quer sejam realizadas por estudantes ou por “futricas” ( população conimbricense que não era estudante). No final do século XIX e início do século XX aparecem muitas notícias na imprensa que dão conta de “serenatas fluviais” organizadas pela população de Coimbra[3].  No que diz respeito às origens sabe-se que os estudantes sempre tiver
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AS ESTANTES VAZIAS NA BIBLIOTECA JOANINA Quem visita a Biblioteca Joanina depara-se com estantes sem livros o que numa biblioteca não faz sentido, contudo a razão deste vazio é a deslocação dos mesmos durante uns tempos para a prisão. Confuso, nem por isso... Encontra-se instalada na Prisão Académica (numa zona de acesso restrito) uma câmara de anoxia de seis metros cúbicos de capacidade que vai servir para a desinfestação do acervo bibliográfico que se conserva no edifício. Entre muitas outras vantagens, a entrada em funcionamento destes dispositivos permite evitar o recurso a métodos químicos de expurgo, muito utilizados no passado. Os livros são colocados na câmara durante 21 dias onde é extraído todo o oxigénio, este processo mata todos os fungos e ovos que possam estar presentes nos livros. Após a saída da câmara todos os livros são cuidadosamente limpos (folha a folha) e só depois regressam ao seu lugar na estante. Nos três pisos da Biblioteca guardam-se atu
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Aristides de Sousa Mendes na Universidade de Coimbra Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches nasceu no dia 19 de Julho de 1885, em Cabanas de Viriato, nas imediações de Viseu. Filho de Maria Angelina Ribeiro de Abranches e do juiz José de Sousa Mendes, entrou na Universidade de Coimbra em 1902, para estudar Direito, com o seu irmão gémeo César, aos 22 anos de idade. Foi um dos seis melhores estudantes do seu curso. A Universidade de Coimbra era, no dealbar do séc. XX, palco de vibrante oposição entre absolutistas e republicanos. Tradicionalmente, a Universidade de Coimbra assumiu-se como um local de contestação contra o poder instituído. Aristides de Sousa Mendes estudou em Coimbra de 1902 a 1907 e , a 5 de Outubro de 1910, a República foi implantada em Portugal. Foi, precisamente, em 1910, nos primórdios da República, que Aristides de Sousa Mendes se especializou em Diplomacia, juntamente com o seu irmão gémeo César. Era, sem dúvida, a mais prestigiada Faculdade de Direito
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Colocação na Sala dos Archeiros  DA SÉRIE DA VIDA DE TOBIAS  de António Filipe Pimentel A série de oito tábuas maneiristas representando a Vida de Tobias constitui um dos muitos tesouros que se guardam no Paço das Escolas. E, como quase tudo nesse extraordinário edifício, possui uma história que merece ser contada: e, sobretudo, que merece ser vista. Com efeito, têm a sua origem na respetiva oferta à Companhia de Jesus, em 1600, pelo bispo-conde D. Afonso de Castelo Branco- que procedera já, em 1598, à colocação da pedra fundamental da sua monumental igreja- prelado ilustre pela estirpe, cultura e ação mecenática (que em Coimbra deixaria tantos traços) e que chegaria a ocupar, durante a união dinástica, as funções de Vice-Rei. A razão da oferta radicaria no seu reconhecimento pela abnegada da atuação dos padres inacianos durante o violento surto pestífero que assolara Coimbra no ano anterior, cidade de que se considerava efetivo senhor, a um tempo no plano espiritual e