CHINOISERIE 



De acordo com os estudos realizados neste domínio, os primeiros lugares ocidentais a servirem de palco a esta moda em termos de criação, consumo e fruição, terão sido Londres e Paris, cidades a partir das quais a chinoiserie irradiou para a restante Europa. 

Sobre a difusão e desenvolvimento da chinoiserie por este continente deverá notar-se que esta moda parece ter evoluído de forma inversamente proporcional em relação ao nível de experiência directamente vivida por cada uma das nações europeias no Oriente e ao seu maior ou menor acesso a produtos importados, por outro: a chinoiserie conheceu maior incidência e desenvolvimento em países com pouca vivência directa e volume de importações pouco pronunciado mas, em contrapartida, fartos em literatura baseada na experiência alheia, fazendo de França, Itália e Alemanha, os estados onde a chinoiserie assumiu maior impacto.

Talvez por isso e segundo A. F. Pimentel, Portugal nunca tenha dedicado muita atenção à chinoiserie, na medida em que as informações de que dispunha se alicerçavam em conhecimentos concretos e porque lidava com bens asiáticos em elevada quantidade, não necessitando da chinoiserie para satisfazer o gosto inato pelo exotismo

 (PIMENTEL, 1988, p. 360; 1989, p. 118), validado pelos intensos contactos praticados com a Ásia desde o início de Quinhentos.

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