O QUE SÃO OS EMBLEMAS USADOS NA CAPA




O uso de emblema na capa remonta, grosso modo, aos anos 30/40, mas restringia-se quase só ao monograma da Briosa (datado de 1929) que os jogadores usavam no equipamento. Sendo eles quase todos alunos da UC, passaram a cosê-lo também nas suas capas.
Rapidamente os adeptos e simpatizantes fizeram igual.
Na década de 1940 ,os orfeonistas também o começam a coser na capa o emblema do Orfeão, por dentro da capa. Nos anos 50 aparecem o Coro Misto e o Coral das Letras, que replicam as práticas anotadas para os anos 30 e 40.

Será essencialmente com a influência das Tunas espanholas (por contágio da “moda mochilera” e dos inter-rails, nos anos 60-70 e seguintes) que, a partir dos anos 80 do séc. XX (boom das tunas e das tradições académicas em Portugal), se generaliza o uso de emblemas nas capas.

Com efeito, era costume os jovens viajantes colocaram nas malas ou mesmo nas caixas de instrumentos (e até nos próprios), autocolantes com os emblemas das cidades/instituições visitadas (e/ou países).
É esta a origem dos emblemas no contexto da recuperação das tradições académicas, operado a partir dos anos 80 do séc. XX; um costume rapidamente aculturado pelos estudantes portugueses, com especial incidência nos tunos.

Os tunos compravam nas lojas de "souvenirs" os emblemas locais (cidade, país) e, muitas vezes, também, os recebiam das tunas congéneres ou instituições visitadas os respectivos escudos/emblemas (ou também os compravam na loja associativa, na reprografia ou secretaria caso existisse).
Uma vez mais, se verificou, e verifica, a contínua troca de usos e costumes que, entre Tunas e Praxe se foi operando, sendo, neste caso, a Praxe a (re)inspirar-se na tradição das Tunas (neste caso das do país vizinho).


Tradição manda, pois, que o estudante, que assim o deseje, e sem haver nº mínimo ou obrigatório, nem ordem de colocação, coloque na sua capa (seja à sua conta ou também por oferta):

- os emblemas/escudos da cidade/país de origem;
- cidade/país onde se cursa (União Europeia, também);
- instituição e/ou faculdade frequentada;
- curso em que se está/esteve (pois há quem mude de curso);
- instituições a que se pertença, no estrito âmbito académico (nada de colocar o da associação cultural lá da terra só porque se foi, ou é, vogal da direcção ou mero sócio);
- emblemas das cidades/países e instituições/grupos visitados/contactados em representação oficial académica (visita da de estudo, Erasmus, digressões da Tuna ou de outro grupo ou associação de índole académica).


in http://notasemelodias.blogspot.com/2011/08/notas-sobre-os-emblemasescudos-nas.html

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