Quando os sinos se calam...
Desde o século XIX, que os sinos marcam a vida dos estudantes, mas também de toda a cidade.
Apesar dos sinos terem toques/funções diferentes, o sino das 18h é conhecido como a cabra, onde a academia é avisada que no dia seguinte devem vir às aulas e o das 7h30 da manhã, esse com um nome bastante mais forte é o cabrão porque tinha como função despertar os estudantes.”
E a verdade é que algumas vezes, na história da academia os sinos se calaram.
Em 1910, com a Implantação da República e com a suspensão das cerimónias académicas, bem como das praxes, o silêncio na torre imperou. Tendo sido interrompido em 1918, mas outras vezes houve, em que quer a cabra, quer o cabrão por motivos mais ou menos nobres também se calaram.
No ano de 1863, quando foi chumbado um aluno de direito, nessa mesma noite houve um pequeno incêndio na casa do professor que tinha chumbado esse dito aluno. Ele foi levado a tribunal e no dia da audiência os colegas quiseram ir assistir julgamento. Estava-se a viver numa época em que as aulas eram obrigatórias e pediram ao reitor que lhes concedesse permissão para fazerem ponte nesse dia e o reitor negou-lhes essa prerrogativa. Nessa mesma noite, estudantes subiram à torre e silenciaram os sinos. Não tocando o sino pela manhã, não há aulas.
60 Anos depois… Houve em Portugal uma grave epidemia de gripe que matou muita gente. O ministério, dada a violência da gripe, mandou encerrar todos os estabelecimentos de ensino… com a exceção da universidade. Alguns estudantes terão pensado, então quer dizer, nós não somos gente?! Subiram à torre e de novo, roubaram o badalo.
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