Cadeia da Universidade




André Lopes da Cunha, carcereiro da Universidade, certifica que vira os livros de registo dos presos da Universidade e neles localizara a detenção, entre 20 de outubro de 1765 e 30 de maio de 1766, de Manuel António de São José, natural de Freixianda, então pertencente ao concelho de Ourém. Este aluno, frequentava então a cadeira de Instituta, seguindo depois a Faculdade de Cânones, até 1771.

Já hoje não podemos consultar esses livros de registo dos presos, pois eles não sobreviveram, ao devir do tempo. Apenas este depoimento nos dá a conhecer a sua existência. Apesar desta perda documental, existem no Arquivo da Universidade muitos outros testemunhos da existência de uma jurisdição privativa da Universidade, “o foro privativo”, que foi abolido em 1834.


Os pequenos delitos de insubordinação, a falta de cumprimento das normas estatutárias, levavam à admoestação verbal, ou por escrito, ou ainda à detenção por alguns ou vários dias, como o documento em questão nos revela. Posteriormente, haveria de ser criado um Regulamento de Polícia Académica, em 1839, para vigilância da disciplina, continuando a existir uma Casa de Detenção Académica, onde ingressará, por exemplo, Antero de Quental, em 1859.
PT/AUC/ELU/UC - Universidade de Coimbra (F); Cadeia (SC); Documentos de carcereiros (SR) – AUC-IV-1.ªE-1-3-1





Fonte: https://www.uc.pt/ucglobal/UCGlobal_194_24062021/UCGlobal_194_24062021


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